Foto: Artista: @reginaadvento – Fotografia de Oliver Strömer
O 11º Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea agora, numa versão inteiramente on-line, adapta-se, fazendo do impossível uma possibilidade de maior abrangência. Entre os dias 24 e 30 de maio com todas as ações mediadas por tecnologias digitais, o evento envolve cinco países, oito Estados brasileiros, oito cidades catarinenses, 35convidados, sete espetáculos, um curso de formação para professores de arte, quatro oficinas, dois diálogos, sete intervenções digitais, duas conferências dançadas, um lançamento de livro, uma homenagem e duas mostras, uma de apresentação de resultados de uma das oficinas e uma mostra de videodança que se desdobra em três programas e 26 obras.
Jussara Xavier e Marta Cesar assinam a direção e curadoria do Múltipla Dança. Juntas, desde a primeira edição do festival em 2006, elas entendem que o abalo em escala mundial provocado pela pandemia leva a equipe de trabalho, mais uma vez, a “não tomar adversidade como impedimento, mas transformar na medida do (im) possível os desafios em encontros férteis. O novo formato deste tempo (10+1) tece uma trama afetiva profunda, que solicita um mergulho no desconhecido para buscar o sentido de cada escolha”.
Neste ano, o profissional homenageado é Marco Aurélio da Cruz Souza. Professor, pesquisador, artista da dança, produtor cultural e coordenador do curso de licenciatura em dança da Universidade Regional de Blumenau (Furb) que ele ajuda a idealizar como membro da comissão de criação e que acaba de formar a primeira turma.
Contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura ∕ Artes – Edição 2020, o festival considerado o mais importante nesta área do Sul do Brasil, começa no dia 24, às 21 horas, no Youtube, com uma atração internacional, o espetáculo “Normal”, que desvela a condição humana no tempo contemporâneo, onde a vida humana é uma estrutura frágil e instável que ensina a diariamente sobre a arte da resiliência. Alias, companhia de dança contemporânea suíça criada pelo coreógrafo brasileiro Guilherme Botelho, aposta numa estrutura coreográfica construída sobre um só movimento: corpos que caem e se levantam.
Nos dias 25 e 27 de maio, será exibido o espetáculo “Desvios Tático-estratégicos para Sobreviver à Vida Urbana”, do Grupo Três em Cena (GO) que alicerça seu trabalho num viés urbano e arquitetônico, explora as escadas como objeto inspirador. Os artistas de Goiânia transformam as escadarias das cidades em palco, com um repertório advindo das danças urbanas. Uma poética que funde o corpo ao espaço público com deslizamentos, encaixes e um gestual específico. A direção é de Rafael Guarato e o coreógrafos-intérpretes são Johnathans Paiva (b.boy Black), Taynnã Oliveira e Rafael Guarato.
A Alemanha está representada no Múltipla Dança com “Vis Motrix”, atração da CocoonDance no dia 27 de maio. Seres bizarros, bailarinos híbridos – mistura de ser humano e máquina. Qual é a força motriz, a alma (vis motrix) por trás dos movimentos? Com esta produção, a CocoonDance dá continuidade à sua pesquisa do corpo “impensado”: o transumanismo como uma dança de roda traumática que não deixa intacta a inconsciência.
A dança lúdica e imaginativa para as crianças mantém-se na paleta da curadoria do Múltipla Dança. O programa de 2021 inclui três espetáculos infantis da Cia Druw (SP): “Por Ti Portinari”, “Dalí, Daqui ou De Lá?” e “Poetas da Cor”. Os três trabalhos aproximam as artes visuais e a dança contemporânea, tem uma hora de duração e serão apresentados duas vezes, em dias distintos, entre 16 e 17 horas, sempre pelo YouTube.
MÚLTIPLA DANÇA ONLINE: PESSOAS, PROPOSIÇÕES, LOCALIZAÇÕES
Cidades de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Garopaba, Gaspar, Joinville e Pinhalzinho.
Conferência Dançada: “Artistas Transpostos – Intervenção em Espaços Abertos”, Regina Advento (Alemanha) e “Dramaturgia Cinética e Dança”, Alejandro Ahmed (SC) e Aline Blasius (SC)
Convidados: Adriana Banana, Aline Blasius, Alejandro Ahmed, Ana Francisca Ponzio, Arnaldo Alvarenga, Beatriz Cerbino, Cristina Castro, Bruno Miranda, Denise Namura, Ederson Lopes, Elton Gomes, Ernesto Gadelha, Deivid Velho, Guilherme Botelho, Larissa Kremer, Karin Serafin, Lilian Vilela, Marco Aurelio da Cruz Souza, Maxwell Sandeer Flor, Michael Bugdahn, Miriam Druwe, Mirtes Calheiros, Néri Pedroso, Orum Santana, Paola Zonta, Paulo Soares, Rafael Guarato, Rafaële Giovanola, Regina Advento, Rodrigo Andrade, Sandra Meyer, Taís Matos, Volmir Cordeiro, Vitoria Correia e Waldir Coral
Diálogos: “Representatividade e Fortalecimento das Setoriais de Dança em Santa Catarina” com Maxwell Sandeer Flor (mediador), Elton Gomes, Karin Serafin e Paola Zonta. “Processos de Internacionalização: Trajetórias e Abordagens de Festivais brasileiros” com Marta Cesar (mediadora), Adriana Banana (MG), Cristina Castro (BA), Ernesto Gadelha (CE), Ederson Lopes (SP) e Mirtes Calheiros (SP)
Espetáculos: Adulto: “Normal”, Cia. Alias (Suíça); “Desvios Tático-estratégicos para Sobreviver à Vida Urbana”, Grupo Três em Cena (GO) e “Vis Motrix”, CocoonDance (Alemanha) e “Trottoir” (Calçada), Volmir Cordeiro. Infantil: “Por Ti Portinari”, Cia. Druw; “Dalí, Daqui ou De lá?”, Cia. Druw e “Poetas da Cor”, Cia. Druw (SP)
Estados Brasileiros: BA, CE, GO, MG, RJ, SC, SP, PE.
Formação para Professores de Artes: “Recursos e Percursos no Processo criativo: Um Olhar Artístico sobre o Pedagógico”, Miriam Druwe (SP)
Homenageado: Marco Aurelio da Cruz Souza (SC)
Intervenção digital (vídeo + live): Bruno Miranda (Joinville), Larissa Kremer (Gaspar), Deivid Velho (Florianópolis) em colaboração com Paulo Soares, Waldir Coral (Balneário Camboriú), Tais Matos (Garopaba), Rodrigo Andrade (Blumenau) e Vitoria Correia (Joinville)
Lançamento de livro: “Historiografia da Dança: Teorias e Métodos”, Rafael Guarato (Org.), Ed. Annablume, 2018. Conversa com autores: Rafael Guarato (GO), Beatriz Cerbino (RJ) e Arnaldo Alvarenga (MG)
Mostras:
Mostra de Processo Criativo: resultado da oficina “Dançar Nossas Histórias”, ministrada pela Cie. À Fleur de Peau e
Mostra de Videodança (três programas, 26 vídeos). Programa 1: “I.M.P.E.R.M.A.N.E.N.C.E”, “Oh Boy!”,
“Scioglilíngua”, “Displaced”, “Source”, “Different Directions”, “4”, “Antitempo”, “Reverb” e “Hands Talk”. Programa 2: “Floors Falls”, “Breath”, “Tábula Rasa”, “Monochrome Trilogy / Black”, “Tormetango”, “The Other Side”, “Mami Origami”, “Back”, “VDO1.6”, “Todos os Pontos da Curva” e “Flow”. Programa 3: “Falling”, “Pilgrimage, “Salt Water”, “Please Yes: Étude Aux Appuis” e “In London”
Oficinas:
“Sankofa – a Dança como Presente”, Orun Santana (PE), Fotografia de Lívia Neves
“Múltiplas Críticas”, Néri Pedroso (SC),
“Dançar Nossas Histórias” – Cie. À Fleur de Peau Denise Namura e Michael Bugdahn (França) e
“Dança em Palavras: Experiências com Audiodescrição”, Lilian Vilela (SP)
Países: África do Sul, Alemanha, Brasil, França, Suíça.
SERVIÇO
O quê: 11º Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea
Quando: 24 a 30.5.2021, diariamente
Onde: Zoom, Meet, YouTube, Instagram, Facebook
Quanto: gratuito (todas as ações)
Classificação: livre para todos os públicos
Programação completa:
multipladanca.art.br
facebook.com/festivalmultipladanca
@festivalmultipladanca
youtube.com/festivalmultipladanca
Contatos:
Jussara Xavier (48) 99946-4731 e Marta Cesar (11) 94926-5110. Ass. Imprensa: NProduções Néri Pedroso (jorn.) [email protected] Face: Néri Pedroso (48) 99911-9837 (Whatsapp)
TÉCNICA DO MÚLTIPLA DANÇA
Direção, coordenação de programação e curadoria: Jussara Xavier e Marta Cesar
Produção executiva: Gisele Martins
Design gráfico e mídia eletrônica: Paula Albuquerque
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
Fotografia e vídeo: Cristiano Prim
Operação de streaming: Casarinha
Tradução e interpretação em Libras: Danielle Sousa e José Ednilson Gomes de Souza Júnior
Articuladoras: Jussara Xavier, Marta Cesar, Néri Pedroso e Paula Albuquerque
Ilustração: Fabio Dudas, sobre fotografia de Arnaldo J. G. Torres (Miriam Druwe – Cia. Druw).
Agradecimentos: Ana Francisca Ponzio, Elke Siedler, Regina Levy e Sandra Meyer
Realização: Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultural (FCC), com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura ∕ Artes – Edição 2020