A escrita em preto e branco

Exercício Contemplativo 7
Por Ida Mara Freire
“O que é escuro nada tem de vazio, está repleto de uma luz contida que, quando olhada com a paciência que merece, leva o observador à glória.” Teju Cole
“A grande ação da contemplação é a de voltarmos a atenção para fora de nós mesmos, na direção da realidade maior que, “fora de nós”, nos contém. É a mesma ação da contemplação, qualquer que seja a maneira pela qual consigamos fazê-la: nos relacionamentos, na arte, no serviço e, na prece. Certamente, uma maneira fundamental de fazê-lo, é a de aprendermos a meditar, uma arte de aprendizado vitalícia. Meditar é aprender a viver contemplativamente em tudo o que fazemos”, escreve Laurence Freeman.
Há quem acredite que contemplar é fechar os olhos para o mundo e concentrar-se em si mesmo! Mas, contemplar exige que tenhamos um olhar atento para nós mesmos e também para o outro. E pensando acerca de tantas coisas que estão acontecendo no mundo e aqui em Florianópolis, quem sabe num exercício de alteridade estejamos atentos à Marcha da Negritude, amanhã sábado 9hs Escadaria do Rosário.
Para ler: História em preto e branco – Dorrit Harazim na pag 121 do seu livro “O instante certo” Cia. das Letras e; Para ver: fotos em preto e branco da Marcha pelos Direitos Humanos de Selma a Montgomery – Estados Unidos em 1965. Acesse o texto e as fotos: http://revistazum.com.br/colunistas/pb/
Para escrever: o exercício dessa semana propõe uma escrita em preto e branco.
Encontre no texto de Dorrit Harazim, mencionado acima, a frase de Teju Cole acerca do trabalho do fotógrafo negro Roy DeCarava: “Ao invés de contrastar a negritude, ele a escurece ainda mais. O que é escuro nada tem de vazio, está repleto de uma luz contida que, quando olhada com a paciência que merece, leva o observador à glória.” Observe a foto. E escreva sobre a sua experiência contemplativa.