Dia das Crianças)
“Tem muito azul em torno dela
Azul no céu, azul no mar…”
Quando essa criança chegou em minha vida, uma onda de amor inundou meu ser no mundo.
Banhou-me com uma alegria nova — daquelas que lembram o frescor da água e o brilho do sol depois da chuva.
Ao acolhê-la em meu peito, aprendi, sem saber, a acolher a criança que vive em mim — aquela que sonha, se encanta, se perde, mas sempre retorna.
De mãos dadas, caminhamos pelas ruas, pelos jardins e por dentro do tempo.
Hoje, crescida, ela voa.
E eu, ao contemplar o seu desenho, me reconheço:
ela nunca partiu — habita em mim.
Talvez esse seja o convite do Dia das Crianças:
relembrar o azul que nos habita,
o riso que esquecemos,
a coragem de ser leve,
de dizer não sem culpa,
de dormir em paz e acordar gratas.
“Tem muito azul em torno dela
Azul no céu, azul no mar…”
