Foto Ida Mara Freire (Jasmim Amarelo)
Nosso encontro mensal será sábado 24 de setembro, 17hs.
Uma reflexão de Laurence Freeman, vai nos mostrar como o fato de sentarmos em silêncio aperfeiçoa a nossa integridade tanto na aceitação de nós mesmos, como no respeito aos outros. Ele escreve: “Nós sempre nos apegamos a quem imaginamos sejam os nossos redentores, sem levar em conta que nenhum verdadeiro redentor se permite ser objeto de apego. “Não me toques. . . ainda não subi ao Pai.” Aquele que cura verdadeiramente, permite relacionamento, mas não permite que o relacionamento se torne vicioso. Os primeiros cristãos viam a Jesus mais como um médico da alma da humanidade, do que como o fundador de uma nova religião. O significado mais profundo que ele dava à pergunta que ele fazia “quem você diz que eu sou?”, e todos aqueles níveis de identidade que se abrem com essa sua pergunta, deveriam ser encontrados na liberdade que ele oferecia a quem aprendia com a sua suavidade e humildade.Isso era possível, em especial, para aqueles que aceitavam o suave jugo de sua amizade. …Os mestres do deserto entenderam que, enfrentar as duras verdades de nossa ilusão e de nossas dependências, é fruto do trabalharmos nossas muitas tentações. Esse é, também, uma boa parte do significado desse período do ano que é cheio de alegria… Eles chamavam a isso de lutar contra os demônios, mas eles sabiam que os demônios estão dentro de nós. Nós, meramente, evitamos a luta projetando-os no exterior. A integridade da pessoa, a liberdade que temos de sermos nós mesmos e de amarmos os outros, se aperfeiçoa por meio do teste que abraçamos toda vez que nos sentamos para realizar o trabalho do silêncio.”
Medite por Trinta Minutos
Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxada(o), mas, atenta(o). Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração “Maranatha“. Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.
Texto original em inglês
An excerpt from Laurence Freeman OSB, “Dearest Friends,” Christian Mediation Newsletter, Vol. 30, No. 1, March 2006.
We always clutch at our imagined redeemers, unaware that no true redeemer allows himself to be clung to. “Do not cling to me. . .I have not yet ascended to the Father.”
The true healer allows relationship, but does not allow the relationship to become an addiction. By the early Christians Jesus was seen as a physician of the soul of humanity rather than as the founder of a new religion. His deeper meaning—and all those levels of identity opened by his question “who do you say that I am?”—were to be found in the freedom he offered those who learned from his gentleness and humility.
This was possible especially for those who accepted the light yoke of his friendship. To surrender that freedom for another dependency is to fail to recognize him. “He was in the world; but the world, though it owed its being to him, did not recognize him” is as much a warning to us today as a description of what happened during his temporal life. It still applies more to the Christians who turn him into another god or idol than to those true seekers who do no yet know how to understand him.
He could not be clearer: he offers himself as a way which, at its deepest level, can be understood as one with the goal itself. “To believe in me is not to believe in me but in the one who sent me. To see me is to see the one who sent me” (Jn 12:44).
The paradox in these words is easily dismissed. We prefer rational, definable certainties. It is also easy to laugh away what seems to challenge our familiar ways of thinking and perceiving reality. But what if those familiar ways of perception are actually inverting reality? What if what we call freedom is in fact addiction? . . . . The desert teachers understood that to face the harsh truths of our illusion and dependencies is the fruit of the labor of many temptations. It is also a good part of the meaning of this joyful season. . . They called it wrestling with the demons but they knew that the demons are inside us. We merely evade the struggle by projecting them outside.
The integrity of the person, our freedom to be ourselves and to love others, is perfected by the testing we embrace each time we sit to do the work of silence.