Vamos Meditar no Advento

“Praticar o Advento com sabedoria pode nos ajudar a celebrar – não o falso festival consumista em que se transformou – mas a verdadeira festividade do Natal. Essa festividade acontece todo ano, mas cada vez marca um novo estágio do voo da flecha de nossas vidas. Espero que nossas reflexões semanais ajudem a preparar e a celebrar este festival que lança luz sobre o amor que flui entre Deus e nós mesmos – o mais longo caso de amor no cosmos.”
Mas, um chamado à aventura existencial. O Natal é um período para reconhecermos a Presença Divina entre nós. E em nós.  A Comunidade Mundial para Meditação Cristã  oferece nesse período reflexões semanais sobre o Advento.  Você  poderá  acessar  aqui no blog e no  link http://www.wccm.com.br  – Leia a  seguir a introdução escrita por Laurence  Freeman:  As Quatro Semanas do Advento 2018 
“Advento é uma palavra que sugere uma jornada e uma aventura real. Se a vida não fosse uma aventura, morreríamos de tédio e tristeza.
Como nas grandes buscas nos mitos em todas as culturas, o herói no Advento está procurando alguma coisa – geralmente, sua verdadeira casa ou “origem paterna”.
Há provações a suportar e conhecimento a ser adquirido ao sermos testados no limite extremo do que já conhecemos. Os fracassos fazem parte do processo e também mestres importantes, que no treinam para pensar no sucesso de uma forma menos egocêntrica e mais cósmica.
O estranho na busca da aventura cristã é a não-dualidade da história. Somos nós que buscamos Deus ou Deus que nos busca? É o Filho “vindo para o que era seu” e não sendo bem-vindo? Ou somos nós nos espaços interestelares em direção ao momento primordial da criação? A resposta a este paradoxo – embora paradoxos não tenham respostas – é proferida quando Deus derrama plenitude infinita dentro do limitado receptáculo humano.
Como uma aventura cristã, o período do Natal abre o ciclo anual do Ano Novo espiritual. Enquadra o círculo de tempo cíclico e tempo linear – o que se repete e o que atravessa a mortalidade da dimensão humana, como uma flechada na morte. A meditação diária faz a mesma coisa, permitindo-nos simultaneamente viver no tempo espiritual e no tempo de lavar a roupa.
O tempo litúrgico contém: Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e o longo Tempo Comum e muitas festividades e ocasional solenidades. Para o meditante, um dos benefícios de seguir o tempo litúrgico é que este ajuda a fixar e a nutrir nossa prática pessoal diária no solo rico de uma transmissão viva de sabedoria – uma tradição.
As reflexões do Advento deste ano vão girar em torno do Evangelho do domingo de cada semana. Também podem fornecer recursos para a aventura de cada dia que se conecta com os quatro domingos seguintes.
Praticar o Advento com sabedoria pode nos ajudar a celebrar – não o falso festival consumista em que se transformou – mas a verdadeira festividade do Natal. Essa festividade acontece todo ano, mas cada vez marca um novo estágio do voo da flecha de nossas vidas. Espero que nossas reflexões semanais ajudem a preparar e a celebrar este festival que lança luz sobre o amor que flui entre Deus e nós mesmos – o mais longo caso de amor no cosmos.”
Medite por Trinta Minutos
Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxada(o), mas, atenta(o). Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração “Maranatha”. Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.

Original em inglês
The Four Weeks of Advent 2018
Advent is a word that suggests a journey and indeed an adventure. If life isn’t an adventure we would die of boredom or sadness.
As in the great quests in myths across all cultures, the hero in Advent is looking for something – often their true home or ‘parental origin’. There are trials to be endured and knowledge to be won by testing ourselves at the extreme limits of the known. Failures are part of the process and important teachers, which train us to think of success in less egocentric, cosmic ways.
The strange thing about the Christian adventure quest is the non-duality of the story. Is it us seeking God or God seeking us? Is it the Son ‘coming to his own’ and not being made welcome or us setting out across the interstellar spaces towards the primordial moment of creation? The answer to this paradox – although paradoxes don’t have answers – is spoken when God pours infinite fullness into the limited receptacle of a human container. This is the Incarnation, Jesus.
As a Christian adventure, the season of Christmas opens the annual cycle of the spiritual New Year. It squares the circle of cyclical and linear time – what goes round and what passes through the mortality of the human dimension is like an arrow shooting into death. Daily meditation does the same, allowing us to both live in spiritual time and do the laundry.
Liturgical time contains: Advent, Christmas, Lent, Easter and the long Ordinary Time and lots of Feasts and the occasional Solemnity. One of the benefits for the meditator of following a liturgical season is that it helps embed and nourish our personal daily practice in the rich soil of a living transmission of wisdom – a tradition.
This year’s Advent reflections will revolve around the Sunday gospel of each week. They may also provide some resources for the adventure of each weekday that connects the following four Sundays.
Using Advent wisely could help us to celebrate – not the fake consumerist festival it has become – but the real Feast of Christmas. This Feast comes around annually but each time it marks a new stage of the arrow’s flight of our lives. I hope our weekly reflections will help you prepare and celebrate for this festival that sheds such light on the love that flows between God and ourselves – the longest love affair in the cosmos.
Laurence Freeman
 
Medite por Trinta Minutos
Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxada(o), mas, atenta(o). Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração “Maranatha”. Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.

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