Amar não é matar

“Porque deixar partir está no núcleo do amor. Amar é libertar e não matar.”
Hoje a notícia chegou com um convite singular com uma flor: “HOMENS DO CAMPECHE, esse convite não é só direcionado a nós, mas principalmente. Estaremos em PASSEATA contra esse ato covarde que tirou a vida da profª Elenir, diretora da EEB Januária Teixeira da Rocha. Precisamos reconhecer a importância de nos colocarmos, de maneira firme e corajosa, contra mais um feminicídio em nosso bairro. É hora de ação! Não podemos permitir esse tipo de violência gratuita e aceitar que somos SIM parte do problema. Pois é chegada hora de tentarmos fazer parte da solução. Faremos uma divulgação mais apropriada, mais tarde, mas já convidamos para nos encontrarmos na Pracinha do PACUCA [esquina da Capela c/ Pequeno Príncipe], no próximo sábado, 22/02, as 16h00, e sairmos em caminhada até a EEB Januária. Venham todos! Venham e convidem quem quiser vir! Já basta de nos mantermos calados e sermos coniventes com tudo isso!”
Ontem quando voltei para casa no final da tarde, percebi essa flor  no  jardim. Observei sua singularidade, sua beleza, sua  cor forte. Logo em seguida iniciei  minha prática contemplativa, onde refleti sobre alguns   parágrafos do livro “Vivendo com a contradição” de autoria de Esther De Waal: “Porque deixar partir está no núcleo do amor. Amar é libertar. […]Onde houver apego ou posse, a pureza do amor está perdida. Ficar por demais juntos, muito agarrados, é tornar impossíveis as demandas do outro – a demanda de amar o outro totalmente, de tal modo que quase inevitavelmente isto se tornará impossível e assim conduzirá a sentimentos negativos de ciúme e rejeição. Esta é uma forma de apego que pode ter a aparência ou o rótulo de amor, mas que na verdade escraviza e leva ao sofrimento. […] Porque amar e deixar partir estão no coração do amor de Deus pelo mundo. Devemos considerar isso como expressão de amor em seu grau mais pleno e verdadeiro.”
Entrei no silêncio, mais entre a algazarra dos papagaios, soam  as sirenes da ambulância? Polícia? A buzina do caminhão do bombeiro é inconfundível.  Afogamento? Quando ouvi na sequência o som do helicóptero do Arcanjo. Orei. Meditei. No silêncio fiquei.
Hoje a notícia chegou com um convite singular com uma flor: HOMENS DO CAMPECHE, esse convite não é só direcionado a nós, mas principalmente. Estaremos em PASSEATA contra esse ato covarde que tirou a vida da profª Elenir, diretora da EEB Januária Teixeira da Rocha. Precisamos reconhecer a importância de nos colocarmos, de maneira firme e corajosa, contra mais um feminicídio em nosso bairro. É hora de ação! Matar não é amar.
 

 

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