O amor expulsa a raiva do coração

Foto Ida Mara Freire

A raiva, e o medo do qual ela se origina, são tudo o que a meditação não é. A raiva mais profunda vem do medo mais profundo: o da morte. Mas, também vem de vários tipos de causas secundárias, de tudo que constitui nosso histórico psicológico. Precisamos estar atentos durante a meditação, e à medida que nos purificamos da raiva, que nossa preocupação imediata não é a de rastrear de onde ela provém. Tudo o que realmente importa é que a estamos eliminando… O importante é que o amor, que é ativo na fé da repetição do mantra, expulsa do coração a raiva. […] Com a repetição do mantra estamos aprendendo a lançar raízes no Espírito que é universal, o Espírito que Cristo soprou em nós, o Espírito por meio do qual Cristo vive em nós. Começamos a meditar com uma grande vantagem se começamos com uma fé desenvolvida porque começamos por ser capazes de entender que o poder do amor expulsa o medo… Cristo no poder do Espírito pode expulsar o medo porque ele é aquele que superou o fundamental medo da morte o que agora lhe dá o poder de nos libertar desse medo… [Nas palavras de 1 João 4,16]: Deus é amor: aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele.” Extraido de  Laurece Freeman, “Perder para Encontrar”. Vozes, 2008.
Medite por Trinta Minutos
Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxada(o), mas, atenta(o). Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração “Maranatha”. Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.
original em inglês
 
An excerpt from Laurence Freeman OSB, “The Fear of Death,” THE SELFLESS SELF (London: Darton, Longman, Todd, 1989), pp. 131.
 
[A]nger, and the fear that it springs from, is everything that meditation is not. The deepest anger comes from our deepest fear—of death. But it comes from all sorts of secondary causes too, from everything that makes up our psychological history. We need to be aware when we meditate, and as we cleanse ourselves of anger, that it is not our immediate concern to trace where it comes from. All that is really important is that we are shedding it. . . What is important is that the love active in the faith of the mantra casts out anger from the heart. [. . . .] As we say the mantra we are learning to be rooted in the universal Spirit, the Spirit that Christ has breathed into us, the Spirit by which Christ lives in us. We begin to meditate with a great advantage if we start with a developed faith because we begin by being able to understand that anger is cast out by the power of love . . . Christ in the power of the Spirit can cast out anger because he is the one who has overcome the primal fear of death and who is now empowered to free us from that fear. . . .[In the words of 1 John 4:16], “God is love; he who dwells in love dwells in God, and God in him.”